15 novembro, 2013

Sobre uma garota e seu desejo de fazer uma tatuagem


Tatuagem inspirada no livro "As crônicas de Nárnia".

Desde pequena soube que um dia iria fazer uma tatuagem. Nunca soube o que seria ou em que parte do corpo, mas quando lia algo e achava interessante e significativo o bastante pensava "talvez isso ficasse legal em uma tatuagem".

Mas de onde venho a tatuagem é marginalizada. É exatamente essa a palavra, marginalizada. Quem tem uma tatuagem por certo não é boa pessoa. Se ainda não foi preso, logo vai ser. Não mexe com drogas, mas se tem uma tatuagem não anda longe de se tornar um viciado.


Fiquei com isso na cabeça, com essa intolerância de certas pessoas que conheço, e que até hoje insistem em achar que tatuagem é coisa de gente que não vai a faculdade, que nunca vai conseguir um emprego por causa da bendita tatuagem e que provavelmente não tem chance nenhuma na vida de constituir uma família, já que anda por aí pintando a pele.

Tatuagem inspirada em O Pequeno Príncipe
Sempre achei bonito, mas também sempre tive medo. Não pela tal "marginalização", mas por que é algo para sempre. Acho as pessoas que fazem um desenho eterno no corpo corajosas e não irresponsáveis. 

A tatuagem é algo totalmente pessoal e intimista. O que as pessoas nunca entendem é que a tatuagem não é feita para os outros, mas para quem a tatuou. É algo que o tatuado dá significado, uma extensão de sí mesmo para além da natureza do corpo.

Tatuagem inspirada no livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias".

Quero fazer uma tatuagem. Decidi o local, mas ainda não decidi qual o desenho. Provavelmente será uma tatuagem literária, algo que acho importante, que tenha significado para mim e não para os outros. O que os outros veem é simplesmente um desenho, o que eu vejo é algo puramente meu, que decidi fazer com que se tornasse parte de mim e do meu corpo.

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