Namoro há um ano e meio, e nesse meio tempo amigos, familiares e até mesmo desconhecidos - sabe aquelas pessoas que te encontram em uma fila enorme no supermercado e decidem conversar? Essas pessoas desconhecidas. - me perguntam por que ainda não nos casamos. Ponho a mão na cabeça e mem pergunto se elas não sabem mesmo a resposta ou só querem "apoquentar" a vida de mais uma pobre coitada.
Ora, não me entendam mal, por favor, mas é que nem preciso esmiuçar aqui os custos de um casamento, não é? Além do mais, eu quero tudo, tudo a que tenho direito. Véu, grinalda, vestido branco, festa, viagem de lua-de-mel... - não quero nada "chifrin" não. Nada pela metade, mal-feito, nada de "vamos nos casar de qualquer jeito, porque uma hora a gente vai ter que se casar mesmo não é?"
Então, ainda na fila do supermercado, olho para a cara da pessoa com o meu sorriso mais cordial possível e digo "ah, você sabe, vamos esperar terminar a faculdade, se estabelecer financeiramente, tudo tem sua hora certa, preciso concluir alguns projetos..." até que a pessoa se convence, paga as suas compras e vai embora.
E novamente na fila do supermercado me lembro que moro em uma "apertamento" alugado, penso nos custos psicológicos de um casamento. Isso de casar só por casar é furada, tenho certeza,. Imagina só, ter que aguentar a toalha molhada em cima da cama, os tufos de cabelo no ralo do banheiro, a briga pelo controle remoto...
Não quero casar agora, não quero mesmo, e não sou feminista - vou logo dizendo caso alguém queira me definir assim - quero me casar quando estiver pronta psicologicamente, quando me sentir segura de ambas as partes e nem digo que a questão é só o amor, acho que é "o amor também", mas segurança, gosto de me sentir segura em tudo que faço e coragem, muita coragem para decidir passar o resto da vida com uma pessoa sem ter certeza de que vai acontecer tudo do jeito que planejei.
- Quésia Mello
Nenhum comentário:
Postar um comentário