Quando eu perguntava a
alguém – principalmente a minha mãe – se a pessoa era feliz, a resposta era quase
sempre a mesma: “O que você tem que entender sobre a felicidade, é que ela é
feita de momentos. Ninguém é feliz o tempo inteiro, o que as pessoas não
entendem é que precisam aproveitar os momentos felizes que são dados a elas.”
Eu me sentia feliz por
completo quando era criança, mas depois dos meus quinze anos as coisas foram se
tornando tão sérias, duras, exigentes... E a felicidade mudou. Achei que isso
acontecia apenas comigo, mas ao conversar com minha melhor amiga sobre o
assunto ela disse se sentir da mesma forma.
Entendi então que na
infância a felicidade pode não ser completa, mas é despreocupada, sem pensar no
dia de amanhã, o presente é o melhor que se pode ter. Entretanto a felicidade adulta – se é que isso
existe, pelo menos é assim que entendo – é uma felicidade, digamos... tensa. Não sei outra palavra para definir,
mas é um momento feliz onde se tem a nítida certeza de que vai acabar. Me diga
quantas vezes você ri durante o dia, mas está com a cabeça em um problema
daqueles?
Para mim cada momento
feliz tem um gosto diferente. A felicidade em estar na companhia da minha
família é uma felicidade acolhedora, a de quando estou com meus amigos é
descontraída e aquela que sinto quando estou com o meu amor é: acolhedora,
descontraída, simples e ao mesmo tempo cheia de complexidades onde somente ele e
eu conseguimos entender.
Para mim felicidade é
isso, um momento que só você entende, onde não é preciso nada de “requififes”
só estar no lugar onde se deveria estar com a pessoa que vale à pena. Um
momento feliz é quando você ri da sua própria piada mesmo que ninguém tenha
achado nela a menor graça. Um momento feliz é rir sozinho ao lembrar um
acontecimento cômico que aconteceu há décadas. Um momento feliz acontece quando
ele te olha daquela forma, como se você fosse o bilhete premiado dele. Um
momento feliz é não precisar de ninguém além de si mesmo para ver na graça na
vida.
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